segunda-feira, 13 de agosto de 2012

E tem início mais uma Olimpíada



Para inglês ver   Certo, você é meio intelectual, meio de esquerda e considera o chamado Funk Pancadão “legítima manifestação da cultura popular carioca”. Tati Quebra-Barraco é “um tapa na cara da elite brasileira” e a perseguição - promovida por uma “minoria reacionária e ignorante” - a este gênero musical “é análoga à discriminação que o próprio samba sofreu em seus primórdios”.
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Mas não ouse negar que, ontem, ficou profundamente aliviado quando viu a chata da Marisa Monte, toda etérea, atravessar o estádio ao som de Bachianas No.5; que coraria se, ao invés de Villa-Lobos, subisse ao palco uma equipe da Furacão 2000.
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Em casa, marrento, sobe a voz e defende que Dako é bom; lá fora, porém, complexado, enruste.
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Para gringo ver   Como bem observou Celso Unzelte durante o Pontapé Inicial de hoje, a narrativa daquela encenação toda - conduzida pelo gari-passista Renato Sorriso, encarregado de apresentar o Brasil para um segurança londrino - lembrou, e muito, a clássica seqüência protagonizada por Zé Carioca e Pato Donald no curta Aquarela do Brasil, de 1942.
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Mas a referência é tão clara que fica difícil de acreditar que não tenha sido proposital – embora eu ainda prefira pensar que, passados 70 anos, já não precisamos mais buscar em Walt Disney uma linguagem capaz de nos traduzir para o mundo.
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Mandou bem   O grupo Kraftwerk foi incumbido de representar os povos indígenas do Alto Xingu e não decepcionou!!
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Agora é Rio 2016   Elaborar as cerimônias de abertura e encerramento será uma baba, estou tranqüilo quanto a isso. Temos 4 anos pela frente e belezas de sobra para mostrar (porém, não se deixem iludir pelo cartão de visitas apresentado ontem: Cláudia Leite estará lá!).
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Quanto à estrutura logística, a coisa já começa a ficar mais complicada... Mas também não é nada que algumas dúzias de licitações superfaturadas não possam resolver. Confio plenamente nesse nosso, digamos, talento natural para resolver as coisas na última hora.
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Nada disso é problema.
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Agora, duro mesmo será driblarmos a anunciada tragédia no quadro de medalhas, formando, em apenas 4 primaveras, uma base de atletas jovens e promissores, capazes de ao menos lutar pelo pódio em todas as principais categorias olímpicas.
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Oremos: esse milagre, sim, é que eu quero ver.
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